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Com o nascimento do dinheiro, antes as negociações eram feitas por permutas, trocas (o famoso escambo), tudo virou “capital”, que se transforma em bens e serviços para “produzir e vender” outros bens e serviços.
“O dinheiro foi a melhor invenção de todos os tempos.
É poderoso, e precisamos respeitá-lo e honra-lo.
Está por detrás das negociações, da vida.
Até a igreja, de onde nasceu a contabilidade (Frei Luca Pacioli), entende isso.
Ele potencializa “o melhor” (ou pior) das pessoas, organizações.
Entender que “Tudo é capital” é o começo para um bom modelo de decisão.”
[Carlos Roberto Kassai]
Com isso, todos os negócios, por detrás, são como se fossem também um “Banco”, tendo que lidar com a compra e a venda de dinheiro (capital), mesmo não sendo formalmente uma instituição financeira, ao qual sugerimos “incluir o caixa” na lista de compras e também na lista de vendas, priorizando a negociação da ponderação dos prazos médios para balancear e garantir o CAIXA, o EBITDA e o LUCRO, e importante: também o VALUATION.
“Vendedores também vendem dinheiro”
“Compradores também compram dinheiro”
Se o prazo médio ponderado de recebimento for maior que o prazo médio ponderado de pagamento, ou seja: estamos recebendo o dinheiro depois de pagarmos nossos compromissos, o indicador de EBITDA não será verdadeiro como gerador de caixa, podendo haver necessidade de capital de giro (mesmo com Lucro).
Lucro, Caixa, Valuation e as demais variáveis de resultados, são essencialmente dependentes das “únicas variáveis de controles” às quais, de fato, podemos agir, dominar, controlar, que são elas: CUSTO, DESPESA, INVESTIMENTO E A NOVIDADE: OS SEUS “MESTIÇOS”.
“SIM, são as únicas variáveis que podemos atuar, as demais são frutos dos resultados destas atuações”.
Com o avanço exponencial da tecnologia, que parece “nunca dormir”, estão surgindo “filhos” como se fossem frutos de casamentos entre estes elementos chaves (custo, despesa e investimento), aos quais podemos denominar de “Mestiços”, ou seja: que nascem com ambas as características, podendo causar em cada negociação, confusão nos modelos de decisão econômico-financeiros.
“Trabalho há mais de três décadas neste assunto, e garanto que os mestiços são uma evolução de “jovens eternos” que contradizem e surpreende o “clássico”
Essas variáveis controláveis se tornam os elementos chaves, que são semelhantes a longo prazo, mas divergentes no curto e médio prazo.
E a distinção entre “eles” e seus “mestiços” aumenta a qualidade da margem de contribuição genuína, do pricing, da apuração de resultados, das análises de viabilidades e do modelo de decisão gerencial em geral.
“Adquirir somente um software, mesmo de IA, não garante um bom modelo”
VIDEO RESUMO DESTA EDIÇÃO:
CONFIRA AS NOSSAS CONCLUSÕES ELABORADAS PARA DESCOMPLICAR ISSO!
“Conclusões elaboradas com base em mais de três décadas, mais de 160 grandes de médios clientes, de todos os segmentos”
[Carlos Roberto Kassai]
1) O MODELO DECISÃO GERENCIAL TENDE PARA UM MÉTODO DE CUSTEIO “MESTIÇO”.
Onde Custo, Despesa e Investimento se misturam e se unem, em cada negociação, como num “casamento”, originando “filhos”, aos quais podemos dar o nome de “MESTIÇOS”, que herdam comportamentos de ambos os pais, por isso causando confusão nas definições clássicas da contabilidade oficial.
Esta fato se dá pela evolução exponencial da tecnologia que pode tornar obsoleto ou precoce o envelhecimento de alguns bens, promovem negociações que mudam gastos de natureza fixa para variável e vice-versa, contratos mais refinados com exigências especiais etc.
Em outra palavras: devemos utilizar o “bom de cada um dos métodos de custeios”, como por exemplo:
- Iniciando pelo custeio variável, que proporciona um primeiro nível genuíno da margem de contribuição.
- Continuado com o custeio por absorção mas, aprimorando os rateios com drivers de custeio mais científicos (pelo “uso” + “estratégias”), retirando a ociosidade e utilizando o Custo Padrão por Ocupação® (principalmente, por exemplo: para mão de obra qualificada).
- Ao final, todas as identificações científicas devem ser apuradas aos produtos e serviços, pelo uso, e compondo pricing por estratégias para vender mais e com resultado.
- Os “mestiços” são a evolução dos conceitos (união das raças).
2) “OBSERVE” O COMPORTAMENTO E “DEFINA” PELO COMPORTAMENTO.
Iniciando pela simplificação das extensas classificações e nomenclaturas, que para um modelo de decisão “gerencial”, mais complicam do que ajudam, nas três variáveis controláveis:
- {1ª} – Quaisquer Bens ou Serviços que tenham comportamento variável uniforme em relação ao volume de venda ou planejamento de venda/produção, dever ser considerado como CUSTO
- {2ª} o restante disso, no curto prazo, dever ser considerado DESPESA
- {3ª} e no longo prazo INVESTIMENTO
“A tecnologia muda comportamento, ao qual precisamos estar alerta em cada momento, em cada negociação”.
3) A ESSÊNCIA ECONÔMICA DEVE PREVALECER SOBRE A FORMA JURÍDICA
Na distinção e mensuração de Custo, Despesa e Investimento, pois construir uma contabilidade gerencial, não implica em desobediência às exigências da legislação da contabilidade fiscal, mas em melhorias nas decisões “individuais”, através de critérios mais refinados, justos, peculiares a cada negócio, sempre com a observância do regime de competência – “Econômico” (lucro e valuation) e principalmente do regime de caixa – “Financeiro” (Fluxo de caixa).
Vácuos nos critérios contábeis fiscais, podem ser ajustados nos critérios contábeis gerenciais, principalmente pelos líderes que ditam o preço, como:
Corrigir os bens para um cálculo de um retorno mais justo, cálculo da depreciação gerencial beneficiando a geração de caixa para maior crescimento com capital próprio, acréscimo do cálculo do custo do capital empregado beneficiando, principalmente, o varejo na geração de caixa etc.
O verdadeiro resultado de um negócio, nos relatórios contábeis e financeiros, em nossa opinião, só pode ser confirmado mais a longo prazo, e em todas as esferas: de lucro, de caixa e de patrimônio (valuation). Olhá-los individualmente no curto e médio prazo não garante uma boa saúde empresarial.
4) AFINAL, O QUE SÃO CUSTOS?
São capitais transformados em Bens e Serviços, utilizados para produzir outros Bens e Serviços, que variam com o volume de produção ou planejamento de vendas de forma uniforme, independentemente da classificação tradicional, que pode ser uma conta de custo, ou uma conta de despesa (identificada ou para servir um cliente ou região – retirando a ociosidade e adicionando o ganho de escala) ou até mesmo uma conta de investimento (identificado ou para servir – também adicionando o ganho de escala).
Esta distinção proporciona um cálculo mais genuíno da Margem de Contribuição (com seus vários níveis) e maior flexibilidade na formação do preço de venda.
Alguns segmentos, como: auditoria, consultoria, desenvolvimento de software, pesquisas, laboratórios etc., sofrem mais com a assimetria de custos, onde por exemplo: gastos com mão de obra (de natureza fixa) crescem com o aumento venda (tornando-se de natureza variável – ou seja: custo), mas não decrescem na mesma proporção com a diminuição de vendas (deixando um legado de natureza fixa – ou seja: aumento de despesa).
Para esta situação aconselhamos o custo padrão por ocupação, onde identificamos como “variável ou custo” a real ocupação (exemplo: se um Gte de projeto pode trabalhar com 10 projetos, mas atualmente está alocado em apenas 6 projetos, mesmo dedicando-se integralmente a estes seis projetos, alocamos somente 60% de suas horas como custo e 40% mantemos como despesa).
Distinguir bem “custos”, permite um crescimento mais saudável, minimizando o risco de possíveis quedas nas vendas, que deixaria um legado: de aumento de despesa (classificadas erroneamente como custos)
5) AFINAL, O QUE SÃO DESPESAS?
São capitais transformados em Bens e Serviços, utilizados para “vender” outros Bens e Serviços, que não variam com o volume de produção ou planejamento de vendas de forma uniforme, independentemente da classificação tradicional, ou seja: são gastos fixos.
As despesas (verdadeiras) devem ser bem dimensionadas, pois não podemos cortá-las sem grandes ônus, e que provavelmente teremos que recontrata-las, pois são “eternas”.
A mensuração nítida destas despesas, permite otimizar o resultado através do giro dos gastos fixos, como faz o varejo, que sabe trabalhar com margens baixas. Em outras palavras, quanto maior o giro dos gastos fixos (despesas), maior a lucratividade.
6) AFINAL, O QUE SÃO INVESTIMENTOS?
São capitais transformados em Bens e Serviços, utilizados para manter ou melhorar a performance e ampliar as vendas do futuro (longo prazo) de Bens e Serviços.
Fora disto, mesmo podendo ser classificadas na contabilidade fiscal como investimentos, são na verdade despesas disfarçadas (cuidado).
Investimento combate o envelhecimento e morte de um negócio, mantendo-o sempre jovem e produtivo.
Na composição do pricing, o investimento é ressarcido no longo prazo pela depreciação ou amortização, mas sem a correção do bem (critérios oficiais) – cuidado com o cálculo do retorno.
O estoque mínimo de um varejo também se comporta como investimento, mas sem reconhecer o custo deste capital empregado, ou qualquer custo gerador de caixa (como a depreciação de uma máquina), cuidado também!
Assim como os custos são computados integralmente no pricing (não oferecendo perigo nenhum), os investimentos são ressarcidos ao valor histórico, portanto sofrendo o efeito da inflação, e tornando insuficiente a geração de capital próprio para o crescimento empresarial. Atenção nisto!
A maior probabilidade de um “avião cair” está na subida (investimento) ou na descida (desinvestimento).
7) AFINAL, O QUE SÃO MESTIÇOS?
São capitais transformados em Bens e Serviços (custos, despesas e investimentos), que podem mudar de comportamento segundo os negócios, por isso causam confusões, podendo ser ajustados no modelo de decisão gerencial.
Exemplos: Energia elétrica na produção de latinhas de alumínio é custo (variável) e são medidos cientificamente, enquanto em algumas manufaturas (com contratos de valores permanentes) podem ter comportamento fixo (despesa), e por ai vai!
“Os mestiços são a evolução das raças, a união de povos, capazes de promover a paz, pois são desprovidos de preconceitos.”
[Carlos Roberto Kassai, CAiO]
8) AFINAL, PARA QUE SERVE TUDO ISSO?
Ao final o que importa é resultado global de Lucro, de Caixa e de Valuation.
Mas, antes do final, é necessário tomar “decisões individuais” em cada contrato ou pedido, em cada negócio, em cada momento (timing). E, neste momento, a distinção destas variáveis controláveis e essencialmente importante.
A Kassai elaborou estas conclusões baseadas em sua carteira de mais de 160 clientes, sendo a maioria de grande e médio porte, de todos os segmentos, atuando no mercado há mais de 30 anos.
Queremos oferecer um pouco de nossa experiência, como uma devolução aos frutos recebidos deste mercado fascinante, ao qual nos mantemos sólidos há mais de três décadas.
Para contribuir e melhorar a performance das ferramentas sistêmicas de decisão!
Por que um conceito de negócio é importante?
Porque um software, mesmo de IA, precisa de algoritmos para orientar adequadamente as decisões.
Logo mais, descobriremos que a IA (inteligência artificial) copia, sim, os cinco sentidos mas não tem livre arbítrio (vontade própria) dependendo sempre dos conceitos de negócios.
Os modelos conceituais gerenciais estão mais avançados, que os critérios utilizados pela contabilidade oficial, portanto: aproveitem para utilizá-los, como um diferencial competitivo!
Espero, mais uma vez, que este conteúdo possa ajuda-los!
A disposição,
Carlos Roberto Kassai, CAiO
(11) 9.9976.4848
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